Nosso quindim é feito segundo a receita do poeta Vinícius de Moraes

Nosso quindim é feito segundo a receita do poeta Vinícius de Moraes

Nosso quindim é feito segundo a receita do poeta Vinícius de Moraes

Quindim: à moda do Vinícius – Foto de Fabio Rossi

“Pois sou um bom cozinheiro” é um livro que presta um tributo à paixão do escritor Vinícius de Moraes pela comida. Desde criança ele se interessava pelo assunto, e tinha especial apreço pelos doces.

Em homenagem ao poeta e compositor, que é o elemento central do quadro Santa Ceia da Bossa Nova, marca registrada da casa, nós servimos o Quindim à Vinícius, reproduzindo a receita que está na página 87 do livro. A sobremesa vem em dose dupla, acompanhada de um shot de uísque White Horse, o seu preferido, o seu “cão engarrafado” de estimação. Mas, essa história vale um post à parte.

Diz assim, parte da apresentação do livro:
“Elaborado em três partes, Pois sou um bom cozinheiro foi organizado pela família de Vinicius e conta com prefácio de sua irmã Laetitia de Moraes. Revisitando memórias distintas, cada parte do livro fornece receitas das mais diversas épocas da vida do poeta: a infância num Rio de Janeiro quase interiorano, as cozinhas que frequentou e os bares e restaurantes em que mantinha cadeira cativa – além dos bocados de que mais gostava. Tudo maravilhosamente ilustrado por fotos, trechos de poemas e depoimentos.

Surge assim um Vinicius de Moraes que refaz sua vida (e obra) através da comida. Dos pratos que lembram sua infância e que trazia à memória ao sentir a profunda ausência do Brasil, quando longe daqui viveu, Vinicius revivia em detalhes os vatapás e pudins que comia na casa da mãe e avó em descrições irretocáveis o suficiente para que salivemos junto com ele. Também das comidinhas favoritas que sabia cozinhar tão bem e descrevia com o amor do diminutivo, o mesmo que usava para se referir aos seus parceiros e amigos de vida e criação musical. Pois se, de acordo com o próprio autor, para se viver um grande amor era preciso concentração, o mesmo devotava quando cozinhava ou apenas saboreava um alimento. Uma dedicação e um trabalho árduo (mas intensamente reconfortante) ao fazer o que mais amava: apreciar a vida.”

Que leitura deliciosa.

Seria até óbvio descrever o livro como delicioso, mas as páginas vão correndo tão bem editadas, num enredo bem contado, onde as tramas e receitas vão se costurando ao sabor de boas histórias, curiosidades e paisagens, passando por cidades preferidas e outras predileções, como as mulheres, os quitutes e as biritas.

Existe certo bom humor na escolha de pratos, petiscos e sobremesas que retratam a personalidade do autor de tantos versos marcantes. tem, por exemplo, a canja da madrugada, refletindo o seu lado boêmio. Tem o arroz de pato do Antiquarius, que ele frequentava. E até uma sopa de feijão com macarrão… de letrinhas, claro. Não poderia faltar uma boa feijoada: “Eis aqui o prato símbolo da culinária brasileira. E numa autêntica receita de Vinícius de Moraes. Seguindo suas orientações, esta feijoada pede nada mais do que uma cachacinha para acompanhar, e o resto é boa prosa”, está na página 135 do livro.

Não podia faltar um tempero baiano, que se mostra através das receitas de moqueca e de camarão á baiana. Encontramos ao longo das páginas várias referências à França, e a Paris. À Argentina, e a Buenos Aires. E à Itália, e a Roma. São recortes de agradável leitura da cultura gastronômica na vida de um dos grandes artistas do país. Um livro indispensável aos que apreciam a boa mesa, a literatura e a música.

Boa leitura.

 

Bloody Mary harmoniza com ostras frescas e bacon glaceado – Foto de Fábio Rossi

CONHEÇA A NOSSA HISTÓRIA

A Churrascaria Palace foi fundada em 1951, na esquina da Avenida Princesa Isabel com Ria Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana. Aquele pedaço da cidade era o mais movimentado, reunindo brasileiros e turistas, gente de todo o mundo, mas sobretudo da área das áreas e da cultura, do mundo político e empresarial.

Depois de um incêndio, nos mudamos para o endereço atual: Rua Rodolfo Dantas 16. Àquela altura a efervescência do bairro era ainda maior, o auge da Bossa Nova, e esse universo transitava ao redor do Beco das Garrafas, nossos vizinhos de fundos, com quem dividimos paredes. Assim se estreitou a nossa relação com a música brasileira, que sempre existiu, e nos primeiros anos, e por muito tempo, uma orquestra tocava na casa, todas as noites.

Nas primeiras décadas funcionamos como restaurante à la carte. Em meados dos anos 1980 aderimos ao rodízio. É um sistema que exige adaptação constante, é preciso estar sempre em busca dos melhores ingredientes e as novidades do mercado gastronômico. O que servimos está em constante aperfeiçoamento.

Fomos os primeiros a colocar um sushi bar no bufê. E também fomos os primeiros a abolir as bolachas sobre a mesa, com lados verde e vermelho, indicando se queriam que o serviço continuasse ou não.

Estamos muito felizes com alguns reconhecimentos recentes, que vieram depois da pandemia, e a partir de 2021, ano em que completamos sete décadas. Prêmios como o da Veja Rio como melhor carne, neste mesmo ano; o diploma e a placa da Prefeitura como Patrimônio Cultural Carioca; e as tantas menções muito honrosas que recebemos com frequência de publicações estrangeiras, como o guia The Taste Atlas.

Convidamos vocês a nos visitarem.

LEIA MAIS:
– Modo de Usar: Conheça a Experiência Palace

ESCUTE A NOSSA TRILHA SONORA
Uma seleção criada para celebrar os 70 anos da Churrascaria Palace: são 70 canções, de 70 artistas.

https://open.spotify.com/playlist/18KYt8ZsRTpISujrj11iLu?si=6cgONa2mQk6jS7xmLOJotw&pi=u-gHHKOtnsTbWt

SERVIÇO
Churrascaria Palace: Rua Rodolfo Dantas 16, Copacabana, Rio de Janeiro. Tel. +55 (21) 2541-5898. https://churrascariapalace.com.br Instagram: @churrascariapalace
Metrô: Estação Cardeal Arcoverde.
Nosso blog: churrascariapalace.com.br/artigos/

 

Compartilhe:

Newsletter

Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Tags

×