Festival de cordeiro: conheça os diferentes cortes disponíveis na casa

Paleta de cordeiro à moda do Douro – Foto de Fábio Rossi

Quem aprecia a carne de cordeiro fica muito contente quando nos visita. Isso porque temos sempre uma variedade de cortes que surpreende muitos clientes, que encontram com certa facilidade a paleta e o french rack nos restaurantes da cidade – dois exemplares que não podem faltar em nossa churrasqueira. O primeiro assa lentamente, em tempero que trouxemos do norte de Portugal, origem da família Saraiva, com base em vinho e ervas. O segundo, geralmente preparado com dois ossos da costela, garantindo a sua suculência, é um dos campeões de pedidos, e vai a fogo alto, para grelhar rapidamente, potencializando seu sabor especial e textura, macia, macia.

Porém, temos também a costelinha de cordeiro, e a chamada manta, que é resultado da desossa de parte do pernil, resultando em uma peça fina, com muito sabor, e textura macia. Essas são, relativamente, mais difíceis de serem encontradas, tanto nos mercados quanto nos restaurantes.

Recentemente, chegamos a ter, por um bom tempo, outra raridade: o T-bone de cordeiro, que conseguimos um pequeno lote. Se tiver de novo, com certeza vamos repor os estoques, para oferecer para vocês.

Ou seja: quem nos visita tem à disposição uma espécie de festival de cordeiro no meio de nossos cerca de 40 cortes disponíveis regularmente. Podemos dizer que ovinos são especialidade da casa.

French rack, ou as costeletas – Foto de Bruno Agostini

Independente do corte, a carne de cordeiro tem uma outra grande virtude gastronômica: é das mais apreciadas pelos enófilos, porque tem uma ampla gama de possibilidades de harmonização com vinhos.

Alguns preferem brancos, com mais corpo e estrutura, e que sejam mais aromáticos. Riesling e Chardonnay, por exemplo, vão ajudar a equilibrar a carne, limpando a gordura, deixando o conjunto mais leve e refrescante. Quem já provou cordeiro com brancos dessa linhagem não esquece.

Outra harmonização clássica é feita com os chamados vinhos laranjas – que são brancos produzidos assim como os tintos, com a chamada maceração peculiar, quando a bebida fermenta em contato com as cascas, o que aporta sabor, estrutura e a coloração dourada que caracteriza esse estilo de vinho, que anda em alta.

O ponto da costeleta: tá bom para você? – Foto de Bruno Agostini

Clássica, ainda, é a harmonização com os vinhos de Bordeaux. Vale o mesmo para rótulos de outros lugares feitas com as uvas tradicionais da região, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot.

Outra uva que vai muito bem com cordeiro, de uma maneira geral, é a Tannat, originária da região do Madirán, na França, e a grande casta uruguaia. Seu nome vem da palavra tanino, porque com uma casca grossa e muito “tintureira”, como se diz, geralmente dá origem a vinhos retintos e encorpados, com combinam muito bem com carnes mais untuosas e de sabor marcante.

Sabendo que nosso cordeiro é importado do Uruguai, fazemos o convite: que tal harmonizar um belo Tannat uruguaio com um corte de cordeiro do mesmo país? Temos algumas grandes referências dos vizinhos do Rio, como o icônico Amat, das bodegas Carrau, e o Anarkia, do ousado Pablo Fallabrino, famoso por seus vinhos de fermentação natural, com personalidade marcante e muito aptos para a boa mesa.

Quem prova, aprova.

“Santa Ceia da Bossa Nova”, ícone da casa – Foto de Fabio Rossi

CONHEÇA A NOSSA HISTÓRIA

A Churrascaria Palace foi fundada em 1951, na esquina da Avenida Princesa Isabel com Ria Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana. Aquele pedaço da cidade era o mais movimentado, reunindo brasileiros e turistas, gente de todo o mundo, mas sobretudo da área das áreas e da cultura, do mundo político e empresarial.

Depois de um incêndio, nos mudamos para o endereço atual: Rua Rodolfo Dantas 16. Àquela altura a efervescência do bairro era ainda maior, o auge da Bossa Nova, e esse universo transitava ao redor do Beco das Garrafas, nossos vizinhos de fundos, com quem dividimos paredes. Assim se estreitou a nossa relação com a música brasileira, que sempre existiu, e nos primeiros anos, e por muito tempo, uma orquestra tocava na casa, todas as noites.

Nas primeiras décadas funcionamos como restaurante à la carte. Em meados dos anos 1980 aderimos ao rodízio. É um sistema que exige adaptação constante, é preciso estar sempre em busca dos melhores ingredientes e as novidades do mercado gastronômico. O que servimos está em constante aperfeiçoamento.

Fomos os primeiros a colocar um sushi bar no bufê. E também fomos os primeiros a abolir as bolachas sobre a mesa, com lados verde e vermelho, indicando se queriam que o serviço continuasse ou não.

Estamos muito felizes com alguns reconhecimentos recentes, que vieram depois da pandemia, e a partir de 2021, ano em que completamos sete décadas. Prêmios como o da Veja Rio como melhor carne, neste mesmo ano; o diploma e a placa da Prefeitura como Patrimônio Cultural Carioca; e as tantas menções muito honrosas que recebemos com frequência de publicações estrangeiras, como o guia The Taste Atlas.

Convimos vocês a nos visitarem.

ESCUTE A NOSSA TRILHA SONORA
Uma seleção criada para celebrar os 70 anos da Churrascaria Palace: são 70 canções, de 70 artistas.

https://open.spotify.com/playlist/18KYt8ZsRTpISujrj11iLu?si=6cgONa2mQk6jS7xmLOJotw&pi=u-gHHKOtnsTbWt

SERVIÇO
Churrascaria Palace: Rua Rodolfo Dantas 16, Copacabana, Rio de Janeiro. Tel. +55 (21) 2541-5898. https://churrascariapalace.com.br Instagram: @churrascariapalace
Metrô: Estação Cardeal Arcoverde.

 

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